sexta-feira, 18 de março de 2011


Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder,
ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar,
confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar,
acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir,
reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever...
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau,
salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;
o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir;
o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem. Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta, acariciando, mostra a bondade;
fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes;
da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza. Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com a s mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar. Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!

Como professor de Bíblia e teologia a serviço de uma organização evangelística, tive a oportunidade de ouvir muitos testemunhos pessoais. Durante esses 26 anos de trabalho no Instituto Bíblico Palavra da Vida nos EUA, impressionou-me a quantidade de alunos que, apesar de terem nascido num contexto familiar de crentes em Cristo, só vieram a crer em Jesus bem mais tarde em sua vida. O assunto ressoa mais forte aos meus ouvidos, porque essa também foi a minha história. Eu nasci em Halifax, Nova Escócia, numa família de crentes consagrados a Cristo. Porém, à semelhança dos antigos israelitas, eu lutava com o problema da incredulidade.
Não consigo me lembrar de uma única vez em que eu, meus irmãos e minha irmã não estivéssemos vestidos, penteados e prontos para nossa caminhada dominical rumo à igreja, a fim de participar de um dos cultos. E lá íamos nós para a igreja. Além disso, o papai, não satisfeito de participar de todos os cultos de nossa igreja, sempre que havia algum culto especial em outra igreja levava a família toda.
Ficamos sem carro durante muitos anos e para mim era uma tortura perder a melhor parte dos meus domingos numa caminhada de 20 ou 30 minutos para a igreja. Finalmente, quando conseguimos um carro, a minha alegria durou pouco. Meu pai começou um ministério de transporte com ônibus, numa época em que isso ainda não era comum nas igrejas. Nós passávamos de ônibus para pegar as pessoas em nosso trajeto para a igreja e, em seguida, o papai ainda fazia algumas viagens adicionais para transportar mais famílias para o culto. Com isso, tínhamos que sair de casa mais cedo do que antes, quando íamos a pé.

Mesmo conhecendo o Evangelho, algumas pessoas escolhem outros caminhos, como o álcool, que destroem famílias e despedaçam vidas.
Seria ótimo se eu pudesse justificar a minha rejeição do Evangelho, alegando que nunca me fora pregado, mas esse não era o caso. Culto após culto, eu pude ouvir as verdades simples do plano da salvação: a de que eu era um pecador perdido e que Jesus é Deus, o qual vindo ao mundo, levou sobre Si os meus pecados e recebeu o castigo em meu lugar a fim de me libertar da condenação e perdição eterna.
No começo, eu ia à frente, na hora do apelo do pregador, para aceitar Jesus como meu Salvador, pelo menos uma vez por mês. Mas parece que nunca isso, de fato, acontecia. Eu era tão velhaco que tinha plena consciência de que meu relacionamento com Deus era péssimo. Parece que nunca me convertia; na verdade, eu nunca tinha nascido de novo em Cristo.
Como muitos dos testemunhos que ouvi, eu simplesmente me tornei cada vez mais frio em relação ao Senhor. Passei a odiar a Fé Cristã e tudo o que ela significa. Quanto mais eu tentava ser bom e agradar a Deus, mais eu falhava. A incumbência dava a aparência de ser pesada demais e os benefícios pareciam mínimos, se é que existiam.
Quando cheguei à adolescência, minha vida entrou “em parafuso” e virou um caos. Saí de casa; me envolvi com o mundo das drogas; e não demorou muito para que eu ficasse desempregado, sem teto, perambulando pelas ruas de Toronto.
Uma Escolha Quase Fatal
Ainda fico intrigado com o fato de que uma pessoa pode ser criada com todas as oportunidades que eu tive e, mesmo assim, rejeitar o Evangelho. Como é que eu não entendi isso antes? Eu vi o que o álcool fizera com outras famílias. Tive contato com lares destruídos e vidas despedaçadas. Eu fui testemunha da maneira pela qual Cristo fizera a diferença em nosso próprio lar; no entanto, misteriosamente nada disso me tocava.
O apóstolo Paulo, de igual modo, estava pasmado com a atitude de Israel:
“Porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!” (Rm 9.3-5).
O Fator Fé
No Novo Testamento o meio de salvação é o mesmo identificado no Antigo Testamento: Fé. Ao escrever no Novo Testamento, o apóstolo Paulo demonstra sua convicção de que o propósito da mensagem central do Pentateuco era o de distinguir entre uma salvação centrada no homem e uma salvação centrada em Deus.

A incredulidade é um senhor cruel. Ela não promete nada, muito menos liberta; exige o pagamento de tudo, mas nunca entrega o que foi comprado.
A cidade de Jerusalém está edificada sobre uma montanha de dois cumes: um dos cumes é o monte Sião e o outro é o monte Moriá. Em 2 Crônicas 3.1 temos a seguinte informação: “Começou Salomão a edificar a Casa do Senhor em Jerusalém, no monte Moriá”. Esse é o monte onde as Escrituras dizem que Abraão finalmente entendeu e temeu ao Senhor: “Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho” (Gn 22.12).
Moriá foi o lugar da maior prova e da maior vitória de Abraão pela fé. Abraão, em sua disposição de sacrificar seu filho Isaque, colocava a promessa de Israel sobre o altar. Portanto, Moriá simboliza a fé e, por razões óbvias, passou a ser o local do estabelecimento do templo, a saber, o centro espiritual de todo o povo de Israel e o lugar onde Israel adoraria o seu Deus.
Entretanto, ao fazer suas declarações mais categóricas sobre o papel da fé na salvação, o apóstolo Paulo recorre ao livro de Deuteronômio. Em Romanos 10.6-8, Paulo fez citações de Deuteronômio 30:
“Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos. Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos”.

Existe um caminho melhor; um caminho tão próximo quanto o coração e os lábios, e que não requer pagamento humano de nenhuma espécie; um caminho que Abraão trilhou, Moisés ordenou e Paulo pregou: a obediência decorrente da fé.
O texto de Deuteronômio 30 foi escrito para fazer um contraste com o capítulo 29 que começa com uma assustadora declaração ao Israel descrente: “Porém o Senhor não vos deu coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje. Quarenta anos vos conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as vossas vestes, nem se gastou no vosso pé a sandália” (Dt 29.4-5).
Na seqüência, o capítulo 29 prediz os futuros fracassos de Israel e seus decorrentes castigos. Contudo, Deuteronômio 30 apresenta uma mensagem absolutamente diferente, uma mensagem de esperança e fé:
“Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires” (Dt 30.11-14).
O mandamento ao qual Moisés se referiu nesse texto não era a Lei recebida no monte Sinai. Os israelitas nunca conseguiriam cumprir essa Lei. Moisés lhes falara acerca disso em boa parte do capítulo 29. Esse mandamento ordena que a pessoa creia, um mandamento personificado pelo exemplo de Abraão no monte Moriá.
A incredulidade é um senhor cruel. Ela não promete nada, muito menos liberta; exige o pagamento de tudo, mas nunca entrega o que foi comprado.
Contudo, existe um caminho melhor; um caminho tão próximo quanto o coração e os lábios, e que não requer pagamento humano de nenhuma espécie; um caminho que Abraão trilhou, Moisés ordenou e Paulo pregou: a obediência decorrente da fé.
O Dia em Que “Funcionou”

“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”
(Mt 18.3).
Eu não posso afirmar o que havia de diferente naquele dia chuvoso e frio de novembro de 1969. Eu ainda me drogava e continuava tão rebelde e rancoroso como sempre fora. Meu pai viera de Halifax à minha procura e nós estávamos dentro do carro, estacionado numa rua mais tranqüila.
Aparentemente nada tinha mudado. Porém, naquele dia o meu coração estava diferente. Quando meu pai me perguntou se eu queria receber a Cristo em minha vida, meu coração e lábios disseram: “sim”. Eu não hesitei, nem titubeei em tomar a decisão. Parecia óbvio. Foi naquele dia que me tornei crente em Jesus Cristo.
Acho que eu sempre conhecera o Evangelho e talvez sempre o aceitara de uma forma intelectual. Todavia, como no caso dos filhos de Israel que comeram o maná providenciado por Deus e caminharam sobre sandálias que não se desgastaram no deserto (veja Dt 29.5), o Evangelho nunca fizera diferença em minha vida.
Naquele dia, ao lado de meu pai, eu estava pronto a concordar com Deus sobre a minha condição e sobre a provisão que Ele fizera para mim. Trata-se daquela fé semelhante à de uma criança da qual Jesus fez menção ao dizer: “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18.3).
Para nós a salvação saiu de graça, mas para o Messias o custo foi incalculável. Além disso, a salvação nunca está distante e inacessível; sempre está disponível a todo aquele que, neste exato momento, se disponha a crer. Entre qualquer um de nós e a salvação eterna não existe nenhum impedimento que se interponha, exceto um coração descrente. (Marshall Wicks

Uma vez por ano elas submergem – pessoas modernas – no anonimato das máscaras sem nome. Uma vez por ano elas querem gozar como desconhecidas, aquilo que a vida oferece. Uma vez por ano elas se livram das amarras da responsabilidade, das preocupações e da autodisciplina. Mas como passam rapidamente os dias de divertimento sem controle! A toda bebedeira segue uma ressaca; todos que usam máscaras serão desmascarados.
Existe alguém que não se deixa enganar pela tua fantasia, - Alguém diante de cujos olhos de fogo não existem pessoas atrás das máscaras. Os olhos do Deus vivo e santo vêem todas as coisas. Eles te seguem sempre e em todos os lugares! Na Bíblia está escrito:
“Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando levanto... Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos... Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também... Se eu digo: As trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te são escuras: as trevas e a luz são para ti a mesma coisa” (Salmo 139).
Também na balbúrdia do carnaval, os olhos de Deus te observam. Mesmo que submirjas, mesmo que nenhuma pessoa te identifique – Deus te reconhece! Ele sabe a respeito de tudo que fazes. Diante dele, têm que cair todas as máscaras! Permite-me perguntar-te: como ficas depois da folia do carnaval? Seja sincero, não te iludas! Não é assim: teu coração está vazio, ficas mal-humorado, tu te sentes miserável. A vida ficou monótona e vazia. Restou somente um gosto amargo. O tempo do carnaval veio a ti em vestes de alegria, mas sempre lhe seguem vultos vestidos de preto. Trata-se das aflições, das dores de consciência, do sofrimento e do desespero.
Feliz de ti se capitulares hoje diante de Deus! Feliz de ti, se cair tua máscara! Pois Deus te faz uma oferta. Se quiseres, ainda hoje ele te dará alegria pura e verdadeira, que não tem nada em comum com a alegria “mascarada”. Trata-se de uma alegria que poderás levar para tua vida diária.
Tu te sentes sujo e manchado pelo pecado? Está o teu coração decepcionado e vazio? Então vem a Jesus Cristo, o Filho de Deus. A Bíblia diz:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16) – “...o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7). – Deus diz: “Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a núvem; torna-te para mim, porque eu te remi” (Isaías 44.22). Virá o dia em que todas as pessoas do mundo terão que comparecer ao juízo de Deus: “...para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2.10-11).
Esse será o dia em que o Deus santo arrancará dos rostos dos homens as máscaras da justiça própria, do orgulho e da altivez. De que maneira terrível aparecerá então a pecaminosidade e pobreza de uma vida desperdiçada! Por isso, deixa desmascarar-te hoje por Deus. Aceita a graça de Deus, que te é oferecida em Jesus Cristo. Hoje ele quer ser teu Salvador, amanhã talvez já seja teu Juíz! Aceita na fé o perdão dos pecados através do sangue de Jesus Cristo. Inicia hoje uma nova vida com teu Deus, uma vida de que não te precisarás envergonhar na Eternidade!


Apesar dos surpreendentes e espantosos acontecimentos experimentados nestes dias, o maior de todos os sinais do fim dos tempos - e, contudo, o menos enfatizado - é o retorno do povo judeu à Terra Prometida e a fundação do Estado de Israel.
O testemunho de Charles Spurgeon
É necessário olharmos mais meticulosamente para o restabelecimento dessa nação à luz das profecias.
No decorrer do tempo, foi pequeno o número de servos do Senhor que O seguiram de todo o coração e aos quais foi dada a capacidade de reconhecer os acontecimentos futuros.
Charles Spurgeon foi uma dessas pessoas. Antes de Israel voltar a tornar-se uma nação, quando aparentemente era impossível que os judeus retornassem para a Terra Prometida, Spurgeon ensinou que isso aconteceria, exatamente como se lê em Ezequiel 36 e 37:
O significado desse texto bíblico, conforme o contexto revela, é muito evidente. Diante do significado dessas passagens, haverá primeiro uma restauração política dos judeus em sua própria terra e um retorno à sua própria identidade nacional. Em segundo lugar, existe no texto e em seu contexto uma declaração muito clara de que haverá uma restauração espiritual, uma real conversão das tribos de Israel ao Senhor.
Eles haverão de gozar de uma prosperidade nacional que os tornará famosos; mais ainda, serão tão gloriosos que Egito, Tiro, Grécia e Roma esquecerão sua própria glória à luz do grande esplendor do trono de Davi. Se as palavras têm significado real, este deve ser o sentido desse capítulo.
Eu jamais quero aprender a arte de distorcer o significado que Deus atribuiu às Suas próprias palavras. Se a Bíblia diz algo de maneira clara e cristalina, então é isso mesmo que devemos entender. O sentido literal e o significado dessa passagem - que não podem ser negados nem espiritualizados -, deixam claro para nós que tanto as duas quanto as dez tribos de Israel serão restauradas em sua própria terra, e que um rei governará sobre elas.
O anelo de Israel pela paz
Analisemos o desenvolvimento progressivo que está acontecendo e que conduzirá Israel a uma união com a "nova ordem mundial" dominada pela Europa. Apesar dos constantes conflitos, vemos Israel procurando a paz com seus inimigos, não por terem adotado uma nova filosofia que os faz amar uns aos outros, mas pelo anseio por uma paz negociada.
Muitos em Israel estão fascinados com a possibilidade de viver em paz com seus vizinhos árabes. Eles acham que essa paz realmente poderá ser alcançada. Mas a Bíblia diz: "Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão" (1 Ts 5.3).
Israel: o objeto da profecia
Fazemos bem em compreender que os sinais do final dos tempos dados pelo Senhor são especificamente direcionados a Israel. Quando Jesus explicou os eventos dos tempos finais a Seus discípulos juntamente com os sinais que aconteceriam antes de Sua volta, Ele endereçou essas palavras ao povo de Israel.
Temos duas características muito claras mencionadas em Mateus 24, que identificam esse povo:
1. "Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes" (v. 16). Isto é uma referência geográfica, e não diz respeito à Igreja de Jesus Cristo. Se vivemos nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa, ou em outras partes do mundo, não somos conclamados a fugir para as montanhas da Judéia, pois as palavras foram dirigidas aos "que estiverem na Judéia".
2. Além disso, Jesus está mencionando um motivo de oração: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado" (Mt 24.20). O sábado foi dado apenas aos judeus. Lemos nas Sagradas Escrituras, com relação ao sábado: "Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica" (Êx 31.13). Portanto, Israel é o grande sinal dos tempos do fim para os gentios e para a Igreja!
O antigo pecado de Israel
Quais os objetivos de Israel para o futuro? Hoje a nação de Israel está sendo confrontada com seu antigo pecado, com o pecado que cometeu como nação. Há quase 3500 anos o povo de Israel já estava na Terra Prometida. Deus havia cumprido tudo o que prometera a eles com relação à entrada na terra, mas Israel recusou-se a ser o povo escolhido por Deus, negou-se a ser uma nação singular e diferente, e deixou de fazer Sua vontade.
Deus identificou a razão mais profunda dessa rejeição ao dizer que o povo de Israel simplesmente não queria que Deus o governasse. Eles rejeitaram abertamente as palavras de Deus ditas através de Moisés: "Porque sois povo santo ao SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio" (Dt 14.2). Que promessa tremenda! Israel deveria estar acima "...de todos os povos que há sobre a face da terra".
Através da História sabemos que muitas nações têm procurado sobrepor-se a todas as outras nações. Hoje isso é muito evidente nos Estados Unidos. Os americanos consideram que os EUA são uma nação especial. A maioria dos americanos reivindica que os Estados Unidos são a maior nação da história do mundo. Muitas nações antes deles cometeram o mesmo pecado, mas a poeira de suas ruínas testemunha contra elas.
Uma nação santa de cristãos
Quem somos nós cristãos? A resposta está em 1 Pedro 2.9: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". Nós, a Igreja de Jesus Cristo, também somos um povo eleito. Somos uma geração escolhida. Somos uma nação santa. Mas essa nação santa não pode ser comparada ou identificada com quaisquer nações políticas, como os Estados Unidos, o Canadá, a França, a Inglaterra, a China ou outra nação do mundo. Essa nação santa habita entre as nações do mundo, e cada membro dessa nação santa é conhecido pessoalmente pelo próprio Senhor.
Tudo indica que essa nação santa está prestes a se completar, e quando isso acontecer, quando o último dos gentios for agregado à Igreja, seremos arrebatados pelo nosso Senhor, para estarmos em Sua presença por toda a eternidade!
O clamor de Israel por um rei
O anseio rebelde de Israel em tempos antigos, ao pedir um rei ao profeta Samuel para ser "como as outras nações" (veja 1 Sm 8.5-7), não desapareceu simplesmente. Ao contrário, ele atingiu seu clímax 1000 anos mais tarde. Em João 19.15 está escrito: "...Não temos rei, senão César!" Todo o peso da afirmação dos antepassados, refletindo o desejo de serem parte da família das nações, de serem como qualquer outro povo, atingiu, então, a realização: "...Não temos rei, senão César!" Israel ainda será confrontado com essa afirmação quando as nações da terra se ajuntarem para batalhar contra Jerusalém!
Os passos de Israel rumo à paz
Parece que a única solução em relação à Terra Santa é seguir o rumo de uma paz negociada. Apesar dos confrontos com os palestinos, finalmente não restará outra alternativa. A possibilidade do aumento de comércio através das fronteiras dos países é muito tentadora, e não há dúvida de que a economia de Israel continuará a crescer fortemente.
Essas expectativas positivas jamais mudarão a Palavra Profética. Jesus disse: "Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis" (Jo 5.43). Israel está a caminho de se tornar parte integrante do último império gentílico do mundo e aceitará o anticristo.
Apenas quando compreendemos esses acontecimentos pelo prisma espiritual, podemos começar a entender o que está ocorrendo no mundo político, econômico e religioso. Com isso em mente, iremos compreender melhor o desenrolar dos eventos políticos no mundo de hoje. Se não tivermos conhecimento dos resultados finais, poderemos ser facilmente levados pelo entusiasmo da falsa paz que será anunciada.
O anticristo: o mestre do engano
Quando a Palavra de Deus identifica a obra do anticristo, lemos em 2 Tessalonicenses 2.7-11: "Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira".
Esse texto bíblico deixa dois pontos bastante claros: primeiro, a obra do anticristo será bem-sucedida através do engano e, segundo, a rejeição à oferta do amor de Deus (Jo 3.16) é o motivo pelo qual as pessoas crerão numa mentira.
Por essa razão, mais do que nunca devemos gravar em nossas mentes e em nossos corações aquilo que o Senhor Jesus ensinou a Seus discípulos: "É como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade aos seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!" (Mc 13.34-47).

O FIM VEM ! ! !



UM ROSTO NA MULTIDÃO



Dois tipos de pessoas foram tocados pela cruz: os tocados deliberadamente e os tocados por acaso. Entre estes últimos, são contadas histórias impressionantes.
A de Malco, por exemplo. Um servo do sumo sacerdote, ele estava trabalhando no Jardim. Todavia, essa busca de rotina teria sido a sua última se não tivesse sido rápido em desviar-se. As tochas iluminaram apenas o suficiente para que visse o brilhar da espada e Malco inclinou-se para trás o bastante para salvar seu pescoço, mas não a sua orelha. Pedro foi censurado e Malco recebeu um toque que o curou. Assim o incidente passou à história.
História, isto é, para todos, menos Malco. Se não fosse pela mancha de sangue em seu manto, ele poderia ter acordado na manhã seguinte falando sobre um sonho maluco que tivera. Alguns acreditam que Malco fez parte mais tarde dos crentes de Jerusalém. Não sabemos ao certo. Mas temos certeza de uma coisa: a partir daquela noite, sempre que Malco ouvia as pessoas falarem do carpinteiro que ressuscitou dentre os mortos, ele não zombava. De jeito algum; ele tocava no lobo da orelha e sabia que isso era bem possível.
II
Aconteceu depressa demais. Num minuto Barrabás estava na cela da morte, com os pés batendo na parede, e no seguinte foi solto; piscando os olhos por causa do sol brilhante.
"Você está livre."
Barrabás coçou a barba. "O quê?"
"Você está livre. Eles ficaram com o Nazareno em seu lugar."
Barrabás tem sido muitas vezes comparado com a humanidade e isso é certo. De muitas maneiras ele nos representa: um prisioneiro libertado porque alguém que jamais vira tomou o seu lugar.
Penso porém que Barrabás era provavelmente mais esperto que nós em um aspecto.
Quanto sabemos, ele aceitou sua repentina liberdade pelo que era, um presente não merecido. Alguém lhe atirou um salva-vidas e ele agarrou-o, sem perguntas. Não é possível imaginá-lo usando alguns de nossos truques. Nós recebemos nosso presente gratuito e tentamos ganhá-lo, diagnosticá-lo, ou pagar por ele, em vez de dizer simplesmente "obrigado" e aceitá-lo.
Por mais irônico que pareça, uma das coisas mais difíceis é ser salvo pela graça. Há alguma coisa em nós que reage negativamente ao dom gracioso de Deus. Temos uma compulsão estranha que nos leva a criar leis, sistemas, regulamentos, para nos tornar "dignos" de nosso dom.
Por que agimos assim? A única razão em que posso pensar é o orgulho. Aceitar a graça significa aceitar a sua necessidade e a maioria das pessoas não gosta disso. Aceitar a graça também significa que o indivíduo compreende o seu desespero e quase ninguém aprecia isso também.
Barrabás, porém, foi mais sabido. Perdido para sempre na cela da morte, ele não recuou ao ver-se libertado. Ele talvez não compreendesse a misericórdia e certamente não a merecia, mas não a recusou. Devemos procurar entender que nossa dificuldade não é muito diferente da de Barrabás. Nós também somos prisioneiros sem possibilidade de apelação. Mas porque alguns preferem continuar presos quando a porta da cela foi aberta é um mistério que vale a pena ser estudado.
III
Se é verdade que um quadro pode conter mil palavras, existe então um centurião romano que possui um dicionário cheio delas. Tudo que viu foi Jesus sofrer. Ele jamais o ouviu pregar, curar, ou sequer o seguiu através das multidões. Jamais testemunhou quando fez calar o vento; só testemunhou a maneira como morreu. Mas isso foi tudo que esse soldado gasto pela ação do tempo necessitou para dar um passo gigantesco de fé. "Verdadeiramente este homem era justo."
Isso diz muito, não é? Diz que o pneu da fé se encontra com a estrada da realidade nas horas dificeis. Diz que a autenticidade da nossa fé é revelada na dor. A sinceridade e o caráter se desvendam nos momentos de infelicidade. A fé é mais genuína, junto aos leitos de hospital, nas enfermarias para cancerosos e nos cemitérios, do que nas roupas bonitas dos domingos pela manhã ou nas escolas bíblicas de férias no verão.
Talvez fosse isso que movesse aquele velho e rabugento soldado. A serenidade no sofrimento é um testemunho estimulante. Qualquer pessoa pode fazer um sermão num monte cercado de margaridas. Mas só alguém de grande fé pode viver um sermão numa montanha de dor.

Cheiro de Ovelha
de Phil Ware
Em dezembro de 2006, na rodovia 36, em Brazoria, no Texas, alguém roubou o bebê Jesus e a manjedoura dele. Bem, não era exatamente Jesus; era a estatueta de Jesus do presépio da cidade. Foi roubado e parecia que a cidade toda ficou deprimida por conta disso. Assim, quando montaram o presépio de 2007, não havia nenhum bebê Jesus ou manjedoura.
O povo em Brazoria não está só. O problema é chamado de “Síndrome do Bebê Jesus Roubado” e acontece todos os anos. O bebê Jesus é roubado de presépios ao redor do país. Na realidade, histórias sobre o desaparecimento do bebê Jesus são encontradas em jornais e notícias de Televisão local ao redor do mundo. É natural que qualquer pessoa que ouvir esta história dirá algo do tipo, “Quem faria uma coisa dessas?”
Neste Natal, temos problemas muito maiores do que um bebê Jesus de plástico roubado de uma falsa manjedoura num presépio. E se formos honestos com nós mesmos, o verdadeiro Jesus é freqüentemente seqüestrado da nossa experiência de Natal por muitas razões. Às vezes é o nosso próprio stress, viagens, e preparativos para os feriados que nos privam de Jesus. Às vezes é a pressão daquilo que dizem ser “politicamente correto” que remove Jesus desta época e o substitui com bonecos de neve e rena. Às vezes, é o exagero, falsidade e rudeza daqueles que se chamam de Cristãos que roubam Jesus desta temporada. Foi por isso que Deus incluiu pastores na história (Luke 2:8-20).
Antigamente, pastores gozavam de um status de “mais favorecido” nas histórias da Bíblia. Grandes heróis da fé – como Abraão, Moisés e David – foram pastores. Um dos salmos mais amados fala de Deus como um pastor (Salmo 23). Quando Jesus nasceu, porém, pastores haviam sofrido vários séculos de relações públicas ruins. Eles eram pobres. Eles viviam ao ar livre. Eles não eram refinados. Eles não eram educados. Pior de tudo, eles cheiraram como ovelhas. O termo técnico usado pelo povo nos dias de Jesus para descrever pastores e outras pessoas menos aceitáveis eram “am haaretz” – significando “povo comum”, ou “pessoas da terra.” Deixe-me assegurá-lo, ser classificado “am haaretz” não era nenhum elogio nos dias de Jesus.
As “pessoas da terra" não eram consideradas boas candidatas para serem religiosas. Elas eram consideradas sujas, rudes e desleixadas. Elas não tinham o tempo para estudar todas as tradições religiosas, e assim não podiam cumprir os padrões legalistas da retidão religiosa. Elas estavam muito ocupadas fazendo trabalho sujo para serem consideradas puras o bastante para serem religiosamente desejáveis. Elas eram pobres demais para ir nas peregrinações religiosas para os lugares sagrados de adoração. Por isso os religiosos nunca as considerariam fiéis a Deus. O último lugar em que se esperaria Deus revelar a sua glória era para um grupo destes marginais.
No entanto, quando Deus chamou os anjos para anunciarem o nascimento de Jesus, Ele os enviou a pastores lá fora no campo, cuidando das suas ovelhas! Pense nisto: pastores sujos e fedorentos acampados ao ar livre, cuidando das suas ovelhas ouviram os louvores de anjos e correram para ver o bebê Jesus recém-nascido. Muitos hospitais não teriam permitido eles entrarem na sala de espera, muito menos na sala de parto. Mas Deus fez questão de que os pastores se sentissem em casa quando acharam o bebê Jesus. Ele estava deitado num cocho de alimento no lugar onde os animais eram mantidos – um lugar onde qualquer pastor se sentiria em casa.
Assim, bem no meio do nascimento do Filho de Deus, com todos os povos bons orando pela libertação de Deus, com os Romanos ocupados dominando o império e com as pessoas religiosas tentando proteger suas tradições, Deus colocou o Filho dele em numa manjedoura cercada por um grupo de marginais sujos e fedorentos conhecidos como pastores. O cheiro de ovelha e a fumaça das fogueiras dos acampamentos deles ainda permeava as roupas deles quando chegaram para cumprimentar o recém-nascido Rei.
A história dos pastores é a lembrança de Deus de que ninguém pode roubar a graça dele de nós. Não importa onde nós fomos ou como nós cheiramos ou de que outras pessoas nos chamam, há um lugar perto da manjedoura com o bebê Jesus, para cada um de nós.
Acho que é por isso que eu amo a história sobre o bebê Jesus roubado em Brazoria. Depois que um vento forte derrubou o presépio no domingo de 16 de dezembro de 2007, algumas pessoas apareceram para restautrar o presépio. Adivinhe o que elas acharam? Sim, o bebê Jesus estava de volta onde ele devia estar. Jesus tinha sido devolvido para a manjedoura. O José e Maria mais uma vez ficaram rodeados pelos animais e pastores enquanto se curvaram diante do Rei.
Para mim, esta é a pequena lembrança de Deus de que todos são bem-vindos para receber o presente da graça dEle. Nós somos bem-vindos nesta manjedoura. Até mesmo se nós federmos com o odor de nossas escolhas e reputações ruins, nós ainda somos bem-vindos. E se nós estivermos dispostos, o Vento do céu pode soprar pela destruição de nossas vidas e nos devolver Jesus novamente.
E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura". (Lucas 2:9-12 NVI).

Cuidado, frágil! Olhe atentamente, observe, procure. Na maioria dos crentes você encontrará o aviso alertando para a fragilidade dos mesmos. Nunca viu? Talvez não tenha olhado para a causa, focando apenas os sintomas. Beicinhos, birrinhas, manhazinhas, ciumezinhos, enfim, uma série de sintomas que caracterizam os crentes notadamente melindrosos, sintomas que podem ter a seguinte leitura: Cuidado, frágil!
Lembre do dia em que entrou numa loja de cristais. Lembre dos pais com seus filhos pequenos. As recomendações eram insistentes: Cuidado! Não toque! Não pegue! Cristal é caro! Se cair, quebra! Não chegue perto, cuidado! Quando pequeno, ouvi tudo isso dos meus pais. Agora sou pai, já disse tudo isso para os meus filhos.
Crentes de cristal funcionam exatamente assim. Não se pode tocar, seja com gestos, intenções ou palavras. Por qualquer coisa desistem. A intensidade espiritual dos relacionamentos com toda a carga de verdade, sinceridade, emoção e amadurecimento que se almeja em todo grupo de comunhão, é insuportável para os crentes de cristal, pois diante de uma justa e amorosa exortação eles não crescem, ao contrário, quebram.
Crentes de cristal se sentem intocáveis. Querem ficar expostos na cristaleira, sendo admirados, jamais usados. A lógica dos crentes de cristal diz: Não venha querer corrigir meus filhos, não critique o excesso de vaidade da minha esposa, não censure a altivez do meu marido, somos exemplos, aliás, somos os melhores exemplos, se mexerem com a nossa família esqueçam nossas ofertas, esqueçam da gente, acharemos uma igreja melhor, e ponto.
Que coisa! Tocou, caiu, quebrou. Uma antiga música afirmava: Eu sou como um cristal bonito, que se quebra quando cai. Frágeis todos somos. Mas as políticas do não-me-rele e não-me-toque não se aplicam para os filhos de Deus. O caminho estreito não ilude, é apertado. Os desertos da falta de dinheiro, de saúde, de alegria, de amigos, de horizonte, são desertos pelos quais todos passamos. Caímos, é verdade, mas pela graça dEle não ficamos prostrados. Prateleira adornada por vaidades que nos fazem sentir superiores, não é o nosso lugar. Nosso lugar é lavando pés, distribuindo pão, oferecendo a outra face, caminhando a segunda milha, aguardando com a comunidade dos santos a vinda do Cordeiro.
Na Bíblia, existia uma igreja repleta de crentes de cristal. Se julgavam puros, brilhantes, perfeitos, belos, intocáveis. Jesus, para trazê-los a realidade não economizou nas palavras, com toda ênfase denunciou o que eles pensavam de si mesmos e revelou o que de fato eram: Como dizem: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Apocalipse 3.17, nos versículos seguintes Jesus dá um conselho. Meu conselho? Pegue sua Bíblia e saboreie este texto. Seguir o conselho deixado por Cristo terá o poder de transformar cristal em ouro, o metal que resiste as mais duras provas. Que tal? Vamos lá, afinal cristaleira não é o nosso lugar.
Paz!


Maomé (Muhammad)
Cerca de 570 d.C., Meca, península Arábica (hoje Arábia Saudita)
632 d.C., Medina, Arábia Saudita
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
A história do islamismo ou islã começou numa caverna na Arábia. Dentro dela, dormia o comerciante Maomé quando, segundo a tradição o arcanjo Gabriel apareceu e o mandou recitar, isto é, falar de coisas divinas. Isso foi por volta do ano 610 d.C.

A palavra islã significa submissão a Alá (Deus) e às suas leis. Por esse motivo, os islamitas, também chamados muslims ou muçulmanos, estão submetidos à vontade de Alá, que foi revelada a Maomé pelo anjo e está no livro sagrado, Alcorão ou Corão (Qur'Ân), que em árabe significa "A Recitação" (al é o prefixo árabe para o artigo "o" ou "a").

O Corão não foi escrito em sua forma final durante a vida de Maomé. Quando ele morreu tudo o que havia das revelações era um conjunto de fragmentos, escritos em pedra, em ossos, em folhas de palmeiras. A redação do livro sagrado só foi terminada no reinado do califa Omã (644-656 d.C.).

Em capítulos chamados suratas, o livro interpreta a fé, explica a história e dita as normas de vida, incluindo um código com punições para quem não seguir essas leis. As cinco obrigações principais do islamismo são: acreditar em Alá e no profeta Maomé; rezar cinco vezes por dia; jejuar durante o dia no mês sagrado dos muçulmanos, o Ramadã; dar esmola aos pobres; fazer uma peregrinação à cidade de Meca ao menos uma vez na vida.

Essas leis são seguidas hoje por mais de 1,3 bilhão de muçulmanos, os adeptos do islamismo, a religião que mais cresce no mundo. No entanto, Maomé não pensava em fundar uma nova crença. Ele se considerava um profeta na linha de Abraão, Moisés e Jesus, uma vez que falava do mesmo Deus que os judeus e os cristãos. O arcanjo Gabriel que ele vê na caverna é o mesmo anjo da Anunciação, que, na tradição cristã, contou a Maria que ela seria mãe do filho de Deus.

Não existem dados históricos sobre a vida do profeta. Seu nome completo era Muhammad Bin Abdullah Bin Abdul Mutalib Bin Hachim Bin Abd Manaf Bin Kussay - e passou à história como Muhammad: Maomé é a tradução para o português e não é bem vista no mundo muçulmano.

Sua biografia baseia-se nos hadith, uma vasta coleção de orientações e narrações deixadas por ele, que formaram as máximas da tradição muçulmana. Aos 20 anos, Maomé foi escolhido pela viúva Kadidja como homem de confiança para acompanhar suas caravanas à Síria. Eles se casaram cinco anos depois.

A morte de Khadija e de seu tio e protetor Abu Talib, em 619, expôs o profeta e seus seguidores à hostilidade dos coraixitas, a tribo do próprio Maomé e que dominava sua cidade natal, Meca.

Pela cidade de Meca passavam rotas comerciais vindas do Mediterrâneo, do Extremo Oriente e da África oriental negociando especiarias, tecidos finos, ouro, marfim, escravos, cereais, azeite. A base da prosperidade local eram o comércio e o culto associados a seu santuário sagrado. Nesse templo construído em forma de cubo as tribos árabes guardavam as imagens e símbolos de seus deuses, a Caaba, a pedra negra meteórica que todos os árabes cultuavam como um presente do céu.

Maomé falou abertamente contra a idolatria, isto é, o culto a imagens, e contra os males sociais de seu tempo. Os coraixitas temeram que a nova crença destruísse os ídolos sagrados fizesse Meca perder seu atrativo de santuário religioso. Passaram a combater a nova doutrina e tentaram assassinar seu divulgador.

Maomé e seus seguidores tiveram que fugir da cidade, no ano de 622. Foram para Yathrib - que passaria a ser chamada Medina, a Cidade do Profeta. Foram muito bem acolhidos, mas não por acaso: havia interesse em abrigar o profeta e conquistar o mesmo status religioso da cidade vizinha e rival, Meca.

A partida de Meca é chamada de hijrah ou Hégira, palavra que significa exílio, fuga. Foi um momento decisivo na história do islã, simbolizando a passagem de uma cultura idólatra para uma civilização baseada na crença em um único deus, Alá. Os islamitas passaram contar o tempo a partir desse evento. No calendário muçulmano, o ano 622 da era Cristã tornou-se o ano zero.

Maomé saiu vitorioso de várias batalhas contra os coraixitas. Mas só conseguiu vencê-los em definitivo quando identificou o patriarca Abraão como o construtor da Caaba. Dessa forma, foram preservados o papel de centro religioso de Meca e os interesses da poderosa tribo.

Em 630, após a batalha de Hunayn, os governantes da cidade entregaram-na a Maomé. Sob suas ordens, os templos e ídolos da cidade foram destruídos, apenas a Caaba e a pedra negra foram preservados.

O monoteísmo (a crença em um só Deus) serviu como base de unidade em um mundo de relações complexas e instáveis nas tribos. A nova doutrina e a fé substituíram os laços de parentesco na hora de decidir quem era amigo ou inimigo, quem fazia ou não parte da sociedade. A essa comunidade espiritual denomina-se umma.

Quando morreu, o profeta havia unificado a península Arábica sob o lema: "Só há um Deus, e Maomé é seu Profeta" (La illa Allah, Mohammed rasul Allah).

GRANDE CAMPANHA DE LIBERTAÇÃO E CURA


TODAS AS QUINTAS FEIRAS
DIREÇÃO : Pr. Victor